As empresas que ainda estão cogitando a ideia de, um dia, quem sabe, talvez, investirem em uma plataforma de comércio eletrônico estão perdendo espaço para a concorrência que já investe em estratégias de atendimento multicanal, ou seja, mantém uma loja tradicional, entretanto, possuem também uma loja virtual.
No Brasil, nos últimos cinco anos, o comércio eletrônico vem apresentando taxa de crescimento médio de 49%. Somente de 2006 para 2007, houve um incremento de 35% no número de adeptos às compras virtuais, o que justifica as constantes taxas de aumento em termos de faturamento desse negócio.
O comércio de bens de consumo pela internet é uma realidade nítida e clara e se transformou em um elemento multiplicador de faturamento de fidelização. Ele representa fatia considerável do faturamento da maioria das empresas que apostam na sua eficiência, além de já representar aproximadamente 3% do varejo total no País.
Não é a toa que grandes varejistas como: Carrefour, Casas Bahia e Wal-Mart iniciaram suas vendas também por essa plataforma. Trata-se de uma modalidade extremamente vantajosa: sem custos de estrutura física, climatização, energia, mão-de-obra e de tecnologia, marketing administrativos e financeiros. Além disso, boa parte dos custos pode ser diluída na operação final.
A facilidade, conforto, agilidade e, principalmente, a diversificação do mix de produtos disponível nas vitrines das lojas virtuais é mais um atrativo para quem gosta de comprar tudo em um único lugar, economizando tempo, evitando trânsito e filas intermináveis, além, é claro de contar com a comodidade de receber tudo em casa.
Entretanto, ao contrário do que acontece em países da Europa e EUA, a venda de roupas e acessórios, pacotes turísticos, jóias e relógios ainda não decolaram no Brasil, abrindo janelas de oportunidades para a venda dessas categorias aos lojistas que decidirem se diversificar.
Para isso, tais lojistas devem estar preparados para atender essa demanda que requer cuidados diferenciados com investimento em suas ferramentas de zoom e possibilidade de visualização do produto em 3D, manequins virtuais, qualidade nas fotos, guia de medidas, opiniões de clientes, além de uma boa usabilidade que é um dos principais fatores, já apontados em pesquisas, para o abandono ou não dos carrinhos de compra durante o processo de aquisição do produto em uma loja virtual.
O mais importante de tudo é que o comércio eletrônico começa a se tornar mais acessível tanto para os mais abastados e, cada vez mais presente, para os menos favorecidos das classes C e D. Com a inclusão digital, teremos um potencial de penetração do consumo pela internet na parte mais baixa da pirâmide, desde que, acima de tudo, se respeite o cliente, oferecendo produtos e serviços, financiamento e excelência no atendimento ao cliente.
Além disso, tanto para as grandes quanto para as micro e pequenas empresas, o e-commerce é uma realidade. Desconfiar desta realidade ou se mostrar alheio a esse universo, é se mostrar distante de um novo mundo no qual o consumidor está, a cada dia, se tornando mais plugado, participativo e carente de bons negócios e novidades.
Fonte: e-bit – Pedro Guasti