“As vendas pelo comércio eletrônico serão, dentro de 5 a 10 anos, maioria no mercado”
Taisa Adriana Cardoso Bornhofen, Gerente de e-commerce da Posthaus
As vendas pelo comércio eletrônico serão, dentro de cinco a dez anos, maioria no mercado. É a avaliação da gerente de e-commerce da Posthaus, Taisa Adriana Cardoso Bornhofen.
Pudera: a empresa de Blumenau, que tem 26 anos de fundação, tendo iniciado pela venda direta, partindo para o porta-a-porta via catálogos em 1988 e aderido ao e-commerce em 2007, já projeta um crescimento de 400% nas vendas deste setor em 2009, em relação a 2008.
Apenas nos primeiros cinco meses deste ano, a Posthaus vendeu 190 mil artigos têxteis por meio do portal.
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400% mais e-commerce Posthaus
Segundo Taisa, o comércio eletrônico responde hoje por 10% do faturamento da empresa, número que em cinco anos deverá chegar a 50% dos lucros.
“Atingimos um crescimento de 20% ao mês, com exceção do início do ano, que apresentou índices entre 5% e 10%”, explica Taisa. “Em 2009 a crise fez um pouco a diferença, as pessoas deram uma segurada nas compras, mas de agosto para cá já houve um incremento”, complementa.
De acordo com a gerente, a intenção da e-store da Posthaus é ser um portal de moda, apesar de vender também utilidades, brinquedos e uma série de outros artigos.
“O que mais vende é moda feminina, é o nosso carro-chefe”, destaca ela. “Vender vestuário pela internet no Brasil é um desafio, e nesse sentido a expertise de 26 anos ajudou. Sem contar que fomos o primeiro site a trabalhar com tabela de medidas”, enfatiza.
Além da tabela, mecanismo importante devido ao fato de o Brasil não ter uma padronização dos tamanhos, outro diferencial do site está na possibilidade de empresas com marcas próprias abrirem uma loja virtual dentro do portal, usufruindo da logística de vendas da Posthaus.
A gerente de e-commerce também destaca a política de trocas da empresa como um fator que impulsiona as vendas.
“O cliente tem a segurança de que, se o produto não servir, ele não terá custo na troca: nós pagamos as despesas de remessa, o que gera credibilidade no mercado”, salienta a gestora.
Comércio Eletrônico Posthaus: sem limites geográficos
A Posthaus atende a mais de 5,5 mil municípios, sendo que a maior parte dos clientes está nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Há consumidores também de outros países, como Japão, mas são clientes que efetuam a compra e solicitam que familiares residentes no Brasil enviem a mercadoria, visto que a empresa não despacha para o exterior.
Perfil dos consumidores Posthaus e mais e-commerce
O perfil dos consumidores é formado principalmente por mulheres de 20 a 40 anos, das classes B, C e D. Com a inclusão de novas marcas em seu portal de vendas, a empresa pretende ampliar a participação do público masculino e da classe A no volume total de produtos comercializados.
Para sustentar o crescimento, a empresa investe, e dentre as mais recentes ações está a aquisição de novos servidores, que representaram um custo de R$ 22 mil.
O marketing digital também recebe atenção: a partir das campanhas de links patrocinados e publicidade online para o comércio eletrônico, administradas pela WBI Brasil, a Posthaus aumentou em cerca de 300% o número de acessos ao portal.
Com tudo isso, somente em maio o número de cadastros de usuários no site, efetuados a partir do clique em links patrocinados da empresa, chegou a 1895, resultando num total de 586 pedidos efetuados.
Já a campanha da marca de moda feminina Quintess, veiculada no Orkut, resultou em 872 cadastros, com 59 pedidos de compras efetuados.
O serviço consistiu na publicação de anúncios da marca na home do perfil de usuários enquadrados no público de mulheres de 18 a 35 anos. Apenas em maio, foi investido o equivalente a R$ 4 mil nesse tipo de ação.
Em que pese o bom retorno do portal, Taisa destaca que representa apenas uma parte das estratégias de venda do comércio eletrônico.
“Também estamos fazendo investimentos no setor de catálogos, no porta a porta. Está em fase de desenvolvimento o site voltado aos distribuidores. É uma outra frente de atuação da empresa, não temos o objetivo de restringir os negócios apenas ao e-commerce”, conclui ela.